Funeral em mármore




 "Declaro:
Aos homens de bom gosto caberá o lamento silencioso neste breve minuto, assim como o capuccino servido em certezas rotineiramente silenciadas. Confrades, é conveniente que finjam se importar, não pelo homem que se foi, mas para que se mantenham treinadas as lágrimas em seu rolar. A morte, fato que aqui se impõe, de nós nunca cobrou a dádiva do silêncio, no entanto, o instante clama por dramaticidade. Logo, passo agora a ler versos parcos, abandonados em vida pelo nosso cadáver."



Estátua

Ele, Vêersuos e Sientimmentuos inteiros,
Eu, trôpego sorrio de soslaio, matreiro.
Ele, guardião de Iddiéias e Ideails,
Eu, contemporâneo de anos, sem mais.
Ele, abraçado nacionalmente por lágrimas,
lápide rebuscada em limo, em mármore.
Eu, salva um café,
a ausência de minha existência.

E fique dito:
Ele, há perdurar,
Eu, nem mesmo o chorar. 










Crédito das imagens: Quadros de V de Vingança, roteiro de Alan Moore e arte de David Lloyd

3 comentários:

Anônimo disse...

Achei o post bem fraquinho...gostei da poesia não...a verde eh q nemeim entendi

Estante Velha disse...

Adoro comentários, especialmente aqueles apresentam críticas construtivas.

Anônimo disse...

diz Ponha!