Sobre a crônica?

Sobre a crônica?

Da tentativa nasce o acerto, do acerto a felicidade e satisfação...na tentativa de uma crônica o que há de sair? Li, escrevi, mas creio que ainda não saiba como extrair da beleza do dia uma bela e majestosa fotografia, que em sua simplicidade viva a alegria que tento fazer verossímil a meu texto.
Uma linguagem coloquial de mim é exigida, pois bem, algo mais coloquial que alguém que não consiga captar o mundo ao seu redor e transforma-lo em belas palavras capazes de dar suficiente diversão para seu café da manhã, enquanto saboreia um quente pão francês e lê seu jornal predileto. Quão coloquial devo ser para tentar exprimir a necessidade que tenho de escrever esta bendita crônica.
A crônica da busca, da falta de inspiração, do desejo cego por algo que não se sabe o que é...se é que “é”...
Em um belo dia cinza e úmido, no ápice da inspiração divina, alguém teve uma idéia:
- Não sei o que escrever, logo, vou escrever sobre o simples, tentarei recolher de nossas vidas uma vaga idéia de seu conteúdo, conseguirei? Bem só há uma maneira de descobrir e matar o meu tédio ao mesmo tempo.
E assim surgiu a primeira crônica, ou não...de qualquer maneira quem liga para a crônica da história da crônicas. Há tantas coisas mais interessantes para se falar, dos nossos políticos corruptos, dos nossos aviões que caíram ou mesmo de nossa apatia e comodismo com tudo isso.
Porém eu não sou capaz de escrever sobre isso, e rapidamente me recolho a simples e estúpida razão de ser de minha crônica, a falta da razão. Talvez minha crônica não seja assim tão simples quanto deveria, ou ainda tão bem estruturada como alguns desejariam, mas é verídica.
É a verdade batendo a minha porta ...mas o que importa, finja que não leu, esqueças de toda essa baboseira, afinal quem se lembra de uma crônica, meu objetivo já foi alcançado se você trouxe seu olho e sua atenção até este ponto. Agradeço e felicidades em sua vida, e sinceramente espero que tenha mais sorte em suas próximas leituras.