Silencio

Salve traça!
Esta poesia é uma homenagem ao tédio de André Bianc.


"nINGgUÉM AINda eSTÁ comPLetAMEnte MoRtO, Mas DigAMOS qUE a HoRa SE aPROxiMA." x

Silencio

  
Segundos arrastam-se em minutos,
minutos rastejam pelas horas,
horas submergem dias e noites,
e noites,
Semanas, meses, anos, década, séculos, milênios...
O vazio em     m   o   v   i   m   e   n   t   o.


Não há calendário a marcar a ausência
Relógio a cronometrar a agonia
Adiantado, atrasado?
Jorra incessante sangria!

E aos loucos olhos abertos,
arrepia a consciência,
de que o tempo,
é a doença da alegria.

tu és o ritmo desta poesia. 




Créditos: 
A imagem é um painel de Desgraçados, de Lourenço Mutarelli, por sinal muito mal digitalizado, é uma pena. 
PS: Não gosto dos dois últimos versos, principalmente da rima que surge. Quero retirá-los mas não consigo; aceito sugestões.


                       
                                           

9 comentários:

André Bianc disse...

Obrigado Rafa. Muito boa mesmo.

André Bianc disse...

Sugestão:Se foi dedicada a minha vã existência, que fique sim. Valeu Rafa.

Estante Velha disse...

Obrigado pelo comentário André.
Só uma coisa, quando vão rolar poesias novas em seu blog?

Tiago disse...

Rafael,
Os versos em que diz que o tempo é doença da alegria não saíram de minha cabeça...entrei em uma especie de loop infinito, talveza angústia que você menciona no final...Maldito!
" A alegria é o estado da existência mais passivo, porém desamparadamente deplorável"
Lembra quem escrevu isso?
Abraço!

Thayna disse...

Eu acho q vc devia deixar os versos finais!
Está bom assim!

Bjks

Wilson disse...

Gostei da imagem q vc colocou, embora alguns balões não dê para ler.
Ainda vou passar na sua casa pra ler Mutarelli!
como vc disse q não empresta

Estante Velha disse...

Tiago,não tenho a mínima idéia de quem disse isso, mas frase é boa!
Valew pelos comentários traças!

Anônimo disse...

Gostei do poema: simples, objetivo, de uma metáfora anti-lírica e partindo de uma perspectiva gradativa (dos segundos aos milênios). Creio que se "compararmos" ao poema "COMPASSO DO TÉDIO" que escrevi, perceberemos que o instante de tédio/silêncio tratado no seu poema é mais geral do que o meu (mais cirscunscrito a uma ocasião específica).

Agora não saberia interpretar o verso "o tempo é doença da alegria", no que este se consistituiria?

Estante Velha disse...

Quando escrevi este verso tentei demonstrar quão efêmera é a felicidade...
Como se a alegria por ser inserida no ambiente cronológico não conseguisse se manter, como se existisse uma possibilidade de se por fora do tempo, encontrando então a cura para esta "doença".
Mas sei lá, é dificil explicar.